Satélite angolano está inoperante - Oficial - GALIANO NEWS Satélite angolano está inoperante - Oficial

Satélite angolano está inoperante - Oficial


O primeiro satélite geoestacionário de Angola, Angosat-1, está oficialmente dado como inoperante, confirmou esta segunda-feira, em Luanda, o ministro angolano das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha.



     Ao intervir numa conferência de imprensa, com a participação de especialistas russos, para fazer o ponto de situação sobre o estado do equipamento, explicou que foram registadas "perturbações" no seu funcionamento, desde o lançamento oficial.
    O artefacto tinha sido lançado em órbita na noite de 26 de Dezembro de 2017, através do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão. A entrada em operações comerciais deveria ter início este mês (Abril).
   Construído a partir de 2012, no seguimento de um acordo assinado entre Angola e a Rússia, em 2009, o Angosat-1 custou 360 milhões de dólares aos cofres do Estado angolano.
  O satélite tem um seguro de 120 milhões de dólares, que prevê a sua substituição, a custo zero, em caso de eventual destruição ou desaparecimento.
Histórico de acidentes
O anúncio, esta segunda-feira, em Luanda, da inoperância do primeiro satélite angolano Angosat-1 é apenas mais uma nota negra na longa lista mundial de ocorrências do género.
Reza a história que países mais desenvolvidos, como a Rússia, China, Índia e Estados Unidos, tiveram, em ocasiões distintas, várias ocorrências negativas com satélites.
Muitas dessas ocorrências resultaram no desaparecimento definitivo e inexplicado dos equipamentos lançados ao espaço, ou, simplesmente, na sua destruição total. 
Assim, em Dezembro de 1998, a NASA lançou uma sonda rumo a Marte, com o objectivo de estudar o clima e a atmosfera daquele planeta vizinho da Terra.
Infelizmente, a 23 de Setembro de 1999, a sonda chegou a Marte em órbita mais baixa do que o planificado, o que provocou o seu incêndio e destruição total, com prejuízo de 125 milhões à NASA.
Um caso muito mediatizado, foi o do Challenger, o segundo comboio espacial construído pela NASA,  concluído em Julho de 1982, que fez parte da sua frota de cinco comboios espaciais.
A sua primeira missão foi a STS-6, realizada entre 4 e 9 de Abril de 1983. Foi ao espaço apenas 10 vezes ao longo de três anos de operação, tornando-se no comboio espacial com menos missões realizadas.
Em 1986, o Challenger sofreu o primeiro acidente, no programa com comboios espaciais. No dia 28 de Janeiro desse ano, 73 segundos após o seu lançamento, iniciando a missão STS-51-L, a nave espacial explodiu em pleno ar, matando os seus sete tripulantes.
O acidente paralisou as missões dos comboios espaciais por meses, durante os quais foi realizada uma extensa investigação.
A conclusão a que chegou a investigação foi que uma anilha havia provocado a tragédia, devido ao facto de que algumas anilhas se expandiam e contraiam à medida em que a sua temperatura variava na mesma proporção da variação da sua temperatura.
A Coreia do Sul fez seu o primeiro lançamento de foguete, o Naro-1, em 2009. Os motores funcionaram bem, mas a carga, ao ser lançada em órbita, não se separou do foguete.
O desequilíbrio de peso arrastou o foguete para baixo, e a carga – um satélite avaliado em 400 milhões de dólares – desintegrou-se ao reentrar na atmosfera.
No caso específico da Federação Russa, o Express-AM4 russo não explodiu no lançamento, nem incendiou na atmosfera, mas o satélite de telecomunicações avançadas simplesmente desapareceu sem deixar rasto.
Lançado em Agosto de 2011, o satélite separou-se do veículo propulsor e então desapareceu dos sistemas de radar.
Seria posteriormente localizado muito distante da sua órbita original, pelo que não poderia cumprir o papel para o qual foi enviado ao espaço.
Em consequência disso, o artefacto foi, um ano depois, “intencionalmente destruído” e caiu no Oceano Pacífico.
No dia 29 de Março último, a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (Indian Space Research Organization ou ISRO) realizou o lançamento do GSAT-6A, o maior satélite de comunicações já fabricado pelo país.
Contudo, de acordo com informações do jornal Times of India, os pesquisadores perderam contacto com o equipamento na tarde do primeiro dia deste mês, apenas quatro minutos após uma manobra programada.
O satélite, que foi lançado através do foguete GSLV-FO8, era considerado uma importante conquista científica para o programa espacial da Índia, sendo capaz de colocá-lo lado a lado com as pesquisas desenvolvidas em países mais desenvolvidos.
Tudo indica que a perda de contacto resultou de algum problema eléctrico. Esta não é a primeira vez que a organização falha em colocar uma carga em órbita - em Setembro de 2017, o lançador PSLV-C39, que levava o satélite IIRNSS-IH ao espaço, apresentou problemas no seu escudo de calor e não conseguiu realizar o lançamento.
Nesse episódio, o dispositivo infelizmente acabou perdido para sempre.
Estes são apenas alguns exemplos que ilustram que a indústria espacial também envolve grandes riscos, razão pela qual os que nela apostam devem estar permanentemente preparados para o que der e vier.





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